★ Sofia Madeira ★

criatividade em múltiplas formas

Me chamo Sofia e eu faço um pouco de tudo.

sou um pouco designer, um pouco de música, tenho um podcast, uma webzine e 500 outros projetos que nunca nem foram expostos. eu sempre tive muitas ideias e quase nunca soube onde encaixar tudo. recentemente, um criador e artista que me inspirou muito lançou um site com todas as suas artes e personalidade em um lugar só. Desde então, entrei numa jornada aprendendo HTML para trazer esse: meu portfólio pessoal. Aqui você encontra tudo que eu fiz, faço e ainda vou fazer. a intenção é quebrar as barreiras da expressão e abraçar as criações em diferentes formatos, tudo em um só lugar.

              
                              
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Updates Recentes
multiarts_disse:
adicionei o mural de poemas, textos e reflexões!! to muito orgulhosa desse, deem uma olhada < 3
multiarts_disse:
adicionei os desenhos, ainda não sei muito bem como colocar e o que mais incluir nessa parte, mas vamo lá
multiarts_disse:
adicionei os projetos visuais;
multiarts_ disse:
montando o site. vai ficar lindo!
gif playlist

mural de post-its, projetos, designs e desenhos manuais


pimentas fofinhas
1
cerejas
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formas
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desenho olho
secret delight
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poster
6
azulejos
poster8

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poemas, textos, reflexões

12/09/2024

muitas vezes minha vontade de me expressar se confunde com minha sede de ser reconhecida. postar é natural, mas e ansiar por isso? me vejo angustiada para criar cada vez mais para que de alguma forma isso me gere algum tipo de satisfação externa ou que supra algum tipo de carência emocional. hoje perdurei por mais de uma hora pra gravar uma música, senti raiva e ódio e quis até me machucar em certo ponto por não acertar e não conseguir gravar aquele pedaço minúsculo de conteúdo que no fim me trouxe nada além de questionamentos e a dúvida se estava “bom o suficiente”. bom pra quem? suficiente para quê? arte já é suficientemente capitalizada e explorada, artistas são sugados até o caroço em prol da manutenção de um sistema putrefeito que desnuda e, sem consentimento, destrói impunemente toda forma de expressão. por que eu deveria alimentar tanto esse anseio que rasga a alma? que tira o prazer da música, do aprender, do instrumental, da tinta no papel? anseio esse que nunca me trouxe nada além de bajulação ou reconhecimento? já faz um tempo que sinto em mim a vontade inerente, inata e sempre presente de criar; mas criar deveria ser tudo. basta. não excluo disso o fato inesquecível de que quero sim viver de arte, respira-la, senti-la em toque dentro e fora de mim. quero que seja meu alicerce e meu obelisco, que me traga emoções e que seja também meu meio de expressa-las. quero que ela me envolva e me consuma. mas é necessário, não apenas para o meu bem como também para o bem dela própria, que eu encontre o equilíbrio entre arder em expressão que também seja consumida por terceiros e que esse não seja o motivo principal para cria-la. se há algo que aprendi em toda a minha vida é que se há sentido, há de ser coerente. nada por acaso dá certo, nada sem intenção é correto, nada sem essência é essencial. se a motivação é rasa, assim também será a arte. e eu tenho certeza que foi por isso que não consegui reproduzir um arranjo simples hoje: em mim não havia a correta intenção. isso será uma lição e um aprendizado.

09/09/2024

mesmo que as estrelas não se alinhem
e que os trópicos não se toquem
mesmo que o ar não seja tirado de baixo dos meus pés
eu sei que seguirei.
explosões e combustões ocupam meu corpo com incêndios constantes
e só penso em quanto explodir e conter é necessário.
a vida é farta de tudo que nos faz transbordar do copo raso que nos foi entregue,
a arte é o caminho para expressar e compreender,
e nós somos, afinal, apenas instrumentos do nosso sentir.
o giz e carvão dos 5 sentidos;
e em nossas veias corre o mesmo sangue que jorra das palavras.
somos um inteiro caótico,
uma partitura infinita,
um elo da corrente do mundo que nos permeia.
somos toque, somos sensação.
estes somos nós.

30/06/2017

Escrevo
palavras vãs e sentidos explícitos
nunca escondi o que sinto.
Entrelinhas espaçadas
não dão espaço à ambiguidade
e tudo o que é meu
é indistinto.
Sempre tentei
ser um mistério
que não entendessem
meus profundos pensamentos.
Porém, encontro-me agora
à deriva
compreendida
interpretada
enquanto nem mesmo eu compreendi.

24/02/2020

minha alma não cabe em pequenos pedaços de texto ou em traços de tinta insignificantes. minha alma não cabe em uma musica, nem em um poema, nem em uma ação. minhas intenções não são suficientes enquanto materiais. não sei o que um dia vai me apaziguar, não sei o que vai me deixar expressar em completude o que eu sinto. nada me parece o suficiente, nada me parece o necessário. tudo precisa de MAIS, mais espaço, mais traços, mais palavras, mais músicas, mais ações, mais gritos em direção à escuridão. não entendo o que me mantém acordada e nem o que me faz adormecer. não entendo o que me faz querer gritar e ao mesmo tempo absorver. não entendo o que me faz estremecer e o que me faz acalmar. não me sinto suficiente nem demais, não me sinto importante nem insignificante. não entendo prioridade nem negligência. não entendo amor ou ódio ou o que está contido em mim. tudo o que se passa na minha cabeça é abstrato e completamente aberto a interpretação, até à mim. não sei o que sinto nem o que sou. não sei me definir nem dizer o que não sou. não sei de nada e isso me consome.

13/03/2017

Esse é um texto para ninguém em específico. Esse ano, me deparei com incontáveis situações onde me vi tão sem saída que fui obrigada a contar com a ajuda de alguém. Muitas coisas mudaram e procurei abrigo em lugares que nunca tinha procurado, e achei conforto onde nunca pensei que acharia. Ainda estamos no começo do ano, mas já tive alegrias e tristezas, já tive lágrimas de felicidade e valorizei coisas que nunca pensei que valorizaria. Durante muito tempo, venho tentando mudar diversos aspectos da minha personalidade, e uma das mudanças mais difíceis é aceitar meus erros. Acredito que isso seja uma qualidade atribuída a poucos. Afinal, quem não se julgaria por um erro? Todos nós o fazemos, e nos martirizamos por algo que deveria ser tratado como comum. Porém, a pressão da culpa e da repreensão cai sobre nossos ombros somente para que o stress atribuído ao erro seja cada vez maior. E falando sobre erros, quero me retratar por alguns que cometi. As vezes, sem pensar, disse coisas que não deveria, em momentos impróprios e inoportunos. Já agi sem pensar, e magoei alguns por fazê-lo. É claro que deve-se pensar: Estes erros são cometidos por qualquer ser-humano, então por quê deve ser tratado com tanto destaque? E a resposta: é porque a gravidade do fardo do erro é imensamente maior do que o erro em si. Quero melhorar a cada instante, e por isso peço perdão por qualquer inconveniência que causei. As vezes ajo com soberba e não percebo que devo ouvir até sobre aquilo que já sei. As vezes julgo outros pelos mesmos motivos que me levam a ter medo de ser julgada. Digo tudo isso, pois lembrei de algo que ouvi muito recentemente: "somos perfeitos, somos inteiros e devemos nos amar". Não. Não somos perfeitos e é exatamente isso que devemos amar. Nossa perfeição é feita de imperfeições. O que devemos fazer é reconhecer nossos erros e tentar corrigi-los, caminhando assim para a auto-aceitação. Dessa forma, nos tornaremos perfeitos a nossos olhos, pois nossos erros serão constantemente corrigidos e nos tornaremos ideais para nós mesmos.

25/11/2019

Não é fácil.
O aperto no peito,
A ansiedade no olhar.
A voz sem jeito,
De quem precisa gritar.
O desespero de um coração
Que só queria amar,
Mesmo sem saber
Como demonstrar.
O desejo de poder sair nas ruas,
Sem ter medo de apanhar.
Mesmo dando a cara a tapa,
Nessa vida de batalhas,
Eu não quero mais ficar.
E a paz,
Se torna algo desconhecido.
Talvez encontrada,
Em um abraço amigo.
E por outra vez, tirada,
Por um desconhecido.
Você provavelmente irá escutar,
Coisas que não queria,
De pessoas que eram importantes
E faziam parte do seu dia a dia.
Você vai ficar abalado,
E querer falar com os seus pais,
Então vai perceber,
Que formou-se um novo cais.
A aceitação pode ser difícil,
Nem todo mundo sabe lidar.
O importante é manter a calma,
E tentar não descontar,
Toda raiva e desconforto
Que pode se formar.
Com o tempo tudo passa,
E você segue seu caminho.
Constrói sua própria família,
Recebe afeto e carinho.
Não é fácil, nem será.
Então siga meu conselho,
Não tenha medo de ser quem você é.
Não fuja de seu próprio espelho.

25/11/2025

Hoje eu acordei diferente. Pensei na vida diferente. É estranho refletir depois de estar há meses à deriva na sua própria imaginação. E talvez nem tenham sido meses, talvez tenham sido semanas que passaram com um buraco negro sugando as memórias e toda a percepção do tempo. Não sei se pra todos é assim, mas eu tenho uma dificuldade tremenda de me perceber em relação ao mundo. Aos pouquinhos as linhas começam a se borrar e eu não sei mais o que sou eu e o que é o resto. Eu não consigo sair da bolha da minha mente, e entro em um estado de pura tomada de decisão baseada em sobrevivência: faço o que é mais confortável, me recuso a olhar pra dentro, me tampo com terra em um buraco enraizado e por lá fico, instável, contida, impossível de tocar. Enquanto isso acontece eu tento socializar humanamente, mas no meu cérebro é como se ainda estivesse dentro desse buraco, só espiando para fora. E é muito difícil de deixar alguém entrar. impossível, eu diria. não sei nem explicar o que está acontecendo, como acabei estando ali. E é nesse lugar escuro e frio que não sei quanto tempo se passa. Posso viver por tanto tempo lá dentro que realmente não sei dizer o que eu to sentindo, o que aconteceu nesse período, o que me alimentou, o que se passou de fato. E eu sempre me culpo por isso, porque quero socializar, porque não quero mostrar pros outros que estou no buraco e que lá não quero ficar, porque quero estar presente e não apenas espiando tudo de longe, sem sentir e sem nem respirar. Não sei como é pros outros e nem é meu lugar pensar, mas também não consigo evitar. Mesmo com remédios, água e exercício, em algum momento me encontro novamente nesse bicho quase vivo por si só, que é meu inconsciente destruidor. E nisso tudo existo, quase como um vício em me enfiar no precipício da dor. :/